Estamos atravessando mais um momento muito delicado na história da nossa querida Brasília. Após meses de campanha eleitoral, depois de uma incompreensível insistência do Sr. Joaquim Roriz em participar do pleito, a apenas nove dias para o primeiro turno, ele desiste de concorrer e impõe sua mulher no lugar.
Ela tem direito de concorrer às eleições, como qualquer cidadão em pleno gozo de seus direitos, que preencha os requisitos legais de filiação, entre outros. O que lamentamos é o fato de que, transcorridos mais de dois meses de campanha, toda essa situação de insegurança jurídica criada pelo Sr. Joaquim tenha frustrado o eleitor do Distrito Federal, impedindo a discussão dos grandes temas sobre a nossa cidade.
O brasiliense sentiu-se obrigado a discutir temas jurídicos, decisões de tribunais, validade ou não de determinada lei. Tudo, menos propostas concretas para a cidade. Isso foi péssimo para o processo eleitoral de Brasília, principalmente no que diz respeito ao necessário conhecimento dos eleitores sobre as propostas de cada candidato.
Com o quadro que se apresenta, é imperativo que tenhamos o segundo turno na eleição local. Acredito que, daqui para frente, com os nove dias que faltam para o primeiro turno, mais os trinta dias para o segundo turno, teremos o mínimo suficiente para que o eleitor de Brasília possa pensar um pouco mais, refletir sobre as propostas e as verdadeiras soluções das quais nossa cidade tanto precisa.
De forma alguma podemos prescindir desse tempo. Como diz Marina Silva: “Decidir as eleições no primeiro turno é como assinar um cheque em branco, sem saber com qual valor ele será preenchido.”
Vamos todos, com muita determinação, aproveitar cada segundo que falta até o dia 3 de outubro para conscientizar a população desta amada terra de que o instrumento do segundo turno, o tempo para essa reflexão, é direito de cada eleitor. Não precisamos tomar decisões apressadas, “quem tem tempo, não tem pressa” e tem mais chance de acertar.
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