Por Eduardo Brandão
A ABD - Associação Brasileira de Dislexia define a doença como “um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, sendo o distúrbio de maior índice nas salas de aula”. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 0.5% e 17% da população mundial é disléxica. Ainda segundo a ABD, entre vários sintomas, “o adulto disléxico que não teve o acompanhamento adequado na fase escolar e/ou pré-escolar pode apresentar dificuldade com reconhecer DIREITA e ESQUERDA”.
A pergunta que faço está aqui remontada no quadro político nacional, onde observo uma grande confusão no que diz respeito ao que é considerado de esquerda ou de direita na política atual do nosso país.
Relembrando: os conceitos de direita e de esquerda surgiram durante a Revolução Francesa e faziam referência à disposição dos assentos no parlamento. O grupo que ocupava os assentos da esquerda apoiava as mudanças radicais da Revolução, já os ocupantes da direita, eram contra essas mudanças. Mais tarde, os organizadores da Primeira Internacional Socialista se consideraram os sucessores da ala esquerda da Revolução Francesa e o termo esquerda passou a definir vários movimentos socialistas, anarquistas, comunistas e até os sociais democratas.
Eu sempre tive dificuldade com essas definições. Quando era pequeno e o mundo estava polarizado entre duas grandes potências, sendo uma de direita e outra de esquerda, ouvia minhas tias dizerem que os “tais comunistas” de esquerda eram muito perigosos. Depois, quando jovem, entendi que obrigatoriamente deveria ser de esquerda, pois quem era de direita era “burguesinho” e “alienado”. Assim, com o passar dos tempos, defini que de esquerda eram todas as pessoas que estavam dispostas a promover mudanças e melhorias para o povo, lutando por um mundo mais justo, com maior igualdade social, com distribuição de renda mais igualitária, mais fácil acesso à educação e à saúde.
Tive esperança no governo FHC. Tive confiança no governo Lula. Amarga decepção com ambos. Dezesseis anos se passaram e, além de promoverem uma grande confusão no conceito esquerda/direita (pelo menos para mim), sem que tivessem atingido seu objetivo principal: o de promover mudanças radicais; foram em busca do poder acima de tudo, na tentativa de promover o desenvolvimentismo exacerbado, sem cuidar do social, muito menos do meio ambiente.
Hoje, vejo discursos tanto social quanto ambientalmente corretos na boca de pessoas que sempre considerei conservadoras, de direita, despreocupadas com tais questões; e discursos absolutamente conservadores proferidos por pessoas que sempre bateram no peito se dizendo de esquerda.
É como a história sempre nos mostra, no momento em que a sociedade vai perdendo antigas referências, e que os mitos vão caindo, parece que a verdade surge.
O Partido Verde sempre se debateu com o estigma esquerda/direita, pois é muito difícil nos enquadrarmos nesta régua. Mas, não somos os disléxicos da política. Representamos o novo, o diferente, o que virá. Os verdes estão prontos para promover as verdadeiras mudanças necessárias para que possamos ter um mundo socialmente mais justo e sustentável. Marina Silva veio personificar este momento, confirmando o que dizíamos há muito tempo: “Não estamos nem à direita, nem à esquerda, estamos à frente”.
A pergunta que faço está aqui remontada no quadro político nacional, onde observo uma grande confusão no que diz respeito ao que é considerado de esquerda ou de direita na política atual do nosso país.
Relembrando: os conceitos de direita e de esquerda surgiram durante a Revolução Francesa e faziam referência à disposição dos assentos no parlamento. O grupo que ocupava os assentos da esquerda apoiava as mudanças radicais da Revolução, já os ocupantes da direita, eram contra essas mudanças. Mais tarde, os organizadores da Primeira Internacional Socialista se consideraram os sucessores da ala esquerda da Revolução Francesa e o termo esquerda passou a definir vários movimentos socialistas, anarquistas, comunistas e até os sociais democratas.
Eu sempre tive dificuldade com essas definições. Quando era pequeno e o mundo estava polarizado entre duas grandes potências, sendo uma de direita e outra de esquerda, ouvia minhas tias dizerem que os “tais comunistas” de esquerda eram muito perigosos. Depois, quando jovem, entendi que obrigatoriamente deveria ser de esquerda, pois quem era de direita era “burguesinho” e “alienado”. Assim, com o passar dos tempos, defini que de esquerda eram todas as pessoas que estavam dispostas a promover mudanças e melhorias para o povo, lutando por um mundo mais justo, com maior igualdade social, com distribuição de renda mais igualitária, mais fácil acesso à educação e à saúde.
Tive esperança no governo FHC. Tive confiança no governo Lula. Amarga decepção com ambos. Dezesseis anos se passaram e, além de promoverem uma grande confusão no conceito esquerda/direita (pelo menos para mim), sem que tivessem atingido seu objetivo principal: o de promover mudanças radicais; foram em busca do poder acima de tudo, na tentativa de promover o desenvolvimentismo exacerbado, sem cuidar do social, muito menos do meio ambiente.
Hoje, vejo discursos tanto social quanto ambientalmente corretos na boca de pessoas que sempre considerei conservadoras, de direita, despreocupadas com tais questões; e discursos absolutamente conservadores proferidos por pessoas que sempre bateram no peito se dizendo de esquerda.
É como a história sempre nos mostra, no momento em que a sociedade vai perdendo antigas referências, e que os mitos vão caindo, parece que a verdade surge.
O Partido Verde sempre se debateu com o estigma esquerda/direita, pois é muito difícil nos enquadrarmos nesta régua. Mas, não somos os disléxicos da política. Representamos o novo, o diferente, o que virá. Os verdes estão prontos para promover as verdadeiras mudanças necessárias para que possamos ter um mundo socialmente mais justo e sustentável. Marina Silva veio personificar este momento, confirmando o que dizíamos há muito tempo: “Não estamos nem à direita, nem à esquerda, estamos à frente”.
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